Thursday, May 06, 2010

Novamente: "Tu não tens o direito a não ser fazer a tua vontade. Faze aquilo e nenhum outro dirá não. Pois vontade pura, desembaraçada do propósito, livre da ânsia de resultado, é toda via perfeita".

Destas considerações deve tornar-se claro que "Faze o que tu queres" não quer dizer "Faze o que quiseres". A Lei é a apoteose da liberdade; mas é também a mais estrita das injunções.

Faze o que tu queres - então faze nada mais. Deixa que nada te desvie daquela tarefa austera e santa Liberdade para fazer a tua vontade é absoluta, mas procura fazer qualquer outra coisa, e instantaneamente obstáculos devem levantar-se. Todo ato que não está definitivamente no curso daquela órbita única é um ato errático e um empecilho. A vontade não pode ser duas, mas uma.

Nota, além disto, que essa vontade não deve apenas ser pura, isto é, única, como foi explicado acima; deve também ser "desembaraçada do propósito".

A "ânsia de resultado" é uma coisa de que a vontade deve ser livre.

Mas esta expressão também pode ser interpretada como se lesse "com propósito desembaraçado" - isto é, com energia incansável. A concepção é, portanto, de um movimento eterno, infinito e inalterável. Isto é Nirvana, somente, dinâmico em vez de parado - o que vem no fim a ser a mesma coisa.

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