Tuesday, March 22, 2011

Fwd:

Veste seus jardins
com tua soberana compaixão,
Sem tua honra, todos se corrompem.
Ora vamos, não fujas!

Teu Sol é hoje guardião,
não somos mais que a sombra de teu rastro;
sem tua graça, andamos solitários.
Ora, vamos, não fujas!
Tu foges em todas as direções,
não tentes escapar de nosso círculo.
Ó Lua

Tuesday, March 15, 2011

Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor. Só as saudáveis.

  "Falso", porque não aceita a nossa falsidade e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e o dá se quiser.

 
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é esperto. O gato é zen. O gato é Tao. Conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem o ama, mas só depois de muito se certificar. Não pede amor, mas se lhe dá, então o exige.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa a relação sempre precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Vê além, por dentro e avesso. Relaciona-se com a essência.

 
A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando esboça um gesto de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é muito verdadeiro, impulso que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe; significa um julgamento.
O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precisa de promoção ou explicação os assusta. Ingratos os desgostam. Falastrões os entediam. O gato não quer explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda a natureza, aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato.

Monday, March 14, 2011

«O ferro é forte, mas o fogo funde-o.

O fogo é forte, mas a água apaga-o.

A água é forte, mas as nuvens fazem-na cair.

As nuvens são fortes, mas o vento arrasta-as.

O vento é forte, mas o homem controla-o.

O medo é forte, mas o sono fá-lo esquecer.

O sono é forte, mas a morte supera-o.

A morte é fortíssima, mas a bondade sobrevive-lhe.»

 

Sunday, March 13, 2011





Beleza sempre servirá ao mundo sem sequer ter intenção de fazê-lo.