Envolvendo-me em nada,
Desdenho a todo o preço
Orgulhando-me desta vida apaixonada,
Mancha-me a vida em dor,
Proporcionando-me nada mais que pouco,
Amo quem não devia amar
Vale de Lagrimas:
Queria me atirar no mar
Só para me afogar
Que ainda é melhor
Que ser um devedor
Nas contas do amor
Preferia um deserto atravessar
Sob o sol e as noites sem luar
Do que dar meu braço a torcer
Que você não está
Que você não vem
Faça-me um favor
Volta para mim
É o que sei dizer,
nada mais
Senão me repetir
Que zanzei pelas ruas,
um molambo
Sonâmbulo,
insone e insano
Queria me atirar no mar
Só pra me afogar
Destas considerações deve tornar-se claro que "Faze o que tu queres" não quer dizer "Faze o que quiseres". A Lei é a apoteose da liberdade; mas é também a mais estrita das injunções.
Faze o que tu queres - então faze nada mais. Deixa que nada te desvie daquela tarefa austera e santa Liberdade para fazer a tua vontade é absoluta, mas procura fazer qualquer outra coisa, e instantaneamente obstáculos devem levantar-se. Todo ato que não está definitivamente no curso daquela órbita única é um ato errático e um empecilho. A vontade não pode ser duas, mas uma.
Nota, além disto, que essa vontade não deve apenas ser pura, isto é, única, como foi explicado acima; deve também ser "desembaraçada do propósito".
A "ânsia de resultado" é uma coisa de que a vontade deve ser livre.
Mas esta expressão também pode ser interpretada como se lesse "com propósito desembaraçado" - isto é, com energia incansável. A concepção é, portanto, de um movimento eterno, infinito e inalterável. Isto é Nirvana, somente, dinâmico em vez de parado - o que vem no fim a ser a mesma coisa.