Quando perderes a gosto humilde da tristeza,
(...)
Quando a tua tristeza não for mais que amargura,
Quando perderes todo estímulo e toda crença,
- A fé no bem e na virtude,
A confiança nos teus amigos e na tua amante,
(...)
Na dor de ver murcharem as rosas,
E como as rosas tudo o que é belo e frágil,
Não sentires em teu ânimo aflito
Crescer a ânsia de vida como uma divina graça:
(...)
Então sorri pela última vez, tristemente,
A tudo o que outrora
Amaste. Sorri tristemente...
Manuel Bandeira
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